Neste Mês da Consciência Negra, o Instituto Cultural Vale reforça sua programação voltada para questões raciais, ancestralidade e identidades, temáticas que permeiam nossa atuação durante todo o ano e que reforçam nosso compromisso de sermos uma empresa antirracista. São ações em nossos espaços culturais e em projetos patrocinados pelo Instituto Cultural Vale, para todos os públicos. Programe-se e participe! 

Foto de uma menina negra no centro da foto tocando um instrumento de percussão e outras pessoas em volta também e todos vestindo roupas brancas.
Afromagia, no Memorial Minas Gerais Vale

MG - Dança, percussão e a vivência da cultura afro estão na agenda cultural do Memorial Minas Gerais Vale, em BH. No dia 12, o convidado é o Batuque do Quilombo dos Arturos, ritual que é considerado Patrimônio Cultural Imaterial e se representa pela dança de umbigada e pelas cantigas de roda ao som dos tambores e das violas. Já no dia 18, a Gira do Bloco Afro Magia Negra vai dar ao público a oportunidade de experimentar a percussão dos tambores e a oralidade da dança do bloco afro. A atividade traz como princípio a “Afrobetização” por meio da “Pretagogia”, buscando multiplicar e expandir a Cultura Negra.  Dia 12 (sáb.), às 10h30; dia 18, às 19h e às 20h (inscrições prévias pelo tel. 31 3343-7317). Entrada gratuita. 

MA - Programação intensa também no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís. De 16 a 19 de novembro, a oficina de Caboclo de Pena, com Jhonatan Oliveira, caboclo de pena do Bumba Meu Boi de Maracanã, vai ensinar os passos, o bailado e a simbologia por trás de um dos principais personagens da brincadeira mais emblemática do Maranhão. O CCVM recebe também a dançarina, percussionista, cantora, coreógrafa e professora guineana Mariama Câmara, que ministrará a oficina Danças Guineanas (22 a 26 de novembro); e abre espaço ainda para o empoderamento e as técnicas por trás da beleza dos desenhos das tranças nagô, na oficina do projeto Na Raiz (dias 29 e 30). Entrada gratuita 

PA – Já na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA), o encontro “Brechas & Artesanias: Dinâmicas de resistência de mulheres negras artistas” encerra o mês da Consciência Negra, abordando a trajetória de três mulheres artistas negras na cidade de Marabá que questionaram os padrões de raça e gênero impostos a elas. Dia 29, às 19h. Entrada gratuita 

RJ - A saga de uma mulher africana escravizada no Brasil é o tema da exposição “Um Defeito de Cor”, baseada no livro da mineira Ana Maria Gonçalves, montada no Museu de Arte do Rio (MAR), museu patrocinado pelo Instituto Cultural Vale. A mostra fala de revoltas negras, protagonismo feminino, culto aos ancestrais, África contemporânea, entre outros temas, em 400 obras de artistas brasileiros e do continente africano.  O Museu também recebe a itinerância da 34ª Bienal de São Paulo – “Faz escuro mas eu canto”, também como resultado da articulação do nosso Instituto Cultural Vale, com trabalhos de 13 artistas de oito países. A exposição é organizada a partir do enunciado “Os retratos de Frederick Douglass”, ativista pela abolição da escravidão nos Estados Unidos. De quinta-feira a domingo, das 11h às 18h. O tema também permeia a Flip – Festa Literária de Paraty, realizada entre 23 e 27 de novembro, em Paraty. Este ano, o evento homenageia Maria Firmina dos Reis (1822-1917), escritora negra, do Maranhão, considerada a primeira romancista do país. 

Primeiro aparece a pintura de um homem negro com a mão apoiada no queixo, o meio a foto de um homem negro de costas com uma réplica de um barco todo branco na cabeça e no canto direito a pintura de uma mulher negra segurando duas crianças negras no colo.
Exposição Defeito de Cor, no Museu de Arte do Rio.

SP - A influência negra no idioma e na cultura do Brasil será tema de atividades no Museu da Língua Portuguesa. Dias 19 e 20, duas visitas temáticas vão trazer recortes da exposição principal: “Mulheres no Samba” destaca o papel de mulheres, sobretudo negras, na consolidação do samba como um dos elementos da identidade cultural brasileira; e “As Contribuições das Línguas Bantu para o Português do Brasil” mostra, de forma interativa, palavras que vieram de línguas como quicongo, quimbundo e umbundo. Dias 19 e 20, às 10h e às 13h.  O Museu promove também a visita temática Arquitetura e história da São Paulo Negra pelo prédio da Estação da Luz, apresentando o trabalho de Tebas (1727-1811), alcunha de Joaquim Pinto de Oliveira, um dos responsáveis por edificações como o Chafariz da Misericórdia e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Dia 27, às 15h.  Lembrando que a exposição de línguas indígenas, Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, que tem articulação e patrocínio master do Instituto Cultural Vale, fica em cartaz até abril de 2023 no Museu.