O Instituto Cultural Vale atua, de forma transversal durante todo o ano, com uma programação diversa e antirracista. E em novembro, Mês da Consciência Negra, esta agenda ganha destaque ainda maior, em espaços culturais próprios e em projetos patrocinados, para todos os públicos. 

  

Em Belo Horizonte, o Memorial Minas Gerais Vale traz programação completa e gratuita, com música, teatro, artes plásticas, fotografia. A iniciativa inclui intervenções também na exposição de longa duração, entre elas uma homenagem à produção literária, política e científica de mulheres negras: a sala que abriga o tradicional ipê formado por flores de papel com trechos das obras de Guimarães Rosa se ampliou com vozes de escritoras negras brasileiras. Nesta experiência, o público escolhe uma ‘flor’ com um trecho e levar para casa. Acesse a programação completa em https://memorialvale.com.br/pt/ 

Em Vitória(ES), o Museu Vale segue sua atuação extramuros, também com entrada gratuita, e apresenta no Mucane – Museu Capixaba do Negro a Oficina de Máscaras “João Bananeira”, personagem do tradicional carnaval de Congo de Cariacica. No dia 21/11, os visitantes terão oportunidade de conhecer o processo de confecção das máscaras por Mestre Valdeci, da Banda de Congo São Sebastião de Taquaruçu, e poderão fazer sua própria decoração. E no dia 22/11 será realizada a sexta edição dos Encontros com a Arte Contemporânea, com a tema “Tinha uma encruzilhada no meio do caminho”. O encontro acontecerá no Teatro da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), e vai propor discussões sobre diversidade étnica e de gênero no país. Participam do debate o ativista e conselheiro da CUFA Preto Zezé e a artista plástica Célia Tupinambá, entre outros. Mais informações em museuvale.org  

Em São Luís (MA), o Centro Cultural Vale Maranhão promove programação especial entre os dias 21 e 24, com exibição de filmes e rodas de conversa sobre cultura negra, direitos humanos, entre outros temas, como o encontro “A liderança feminina nos grupos de Bumba-meu-Boi de São Luís” (dia 24). O festival se estende para a Casa das Pretas, com exibição de curtas de diretores maranhenses, sempre com ingresso gratuito. Em ccv-ma.org.br  

Também em São Luís, no dia 30/11 será inaugurado o Memorial da Diáspora Africana, espaço artístico na Praça das Mercês que vai honrar a memória e a contribuição da cultura afro para a formação social do Maranhão, em um trabalho coletivo liderado e construído por pesquisadores, antropólogos, historiadores e artistas negros. 

Já na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA), a agenda cultural inclui dois espetáculos teatrais que tratam da luta e afirmação das ancestralidades africanas (dia 21): “A Criação”, sobre mitos africanos da criação do mundo, e “Negra Sou”, com a força da palavra para denunciar o racismo na sociedade brasileira. Mais em casadaculturacanaa.com.br 

No Rio de Janeiro, um dos destaques entre os projetos patrocinados pelo Instituto Cultural Vale é o MAR – Museu de Arte do Rio, que celebra a produção preta contemporânea e sua influência na cultura do país, temas também recorrentes em sua atuação. Sucesso de público com mais de 50 mil visitantes, a exposição “Funk: Um grito de ousadia e liberdade” promove um passeio interativo e envolvente pela história do ritmo e sua influência nas artes, na moda e no comportamento das juventudes. 

E nos dias 18 e 19, a FLUQ – Festa Literária das Quebradas marca o encerramento do curso de curadoria voltada para artistas da periferia, da Universidade das Quebradas/UFRJ, em parceria com o MAR e o Instituto Cultural Vale. O Nordeste de raízes negras e indígenas, tema desta edição da formação, vai ser mostrado em rodas de conversa, filmes e lançamento de livro.