Programação inclui exposições, festival de música e documentários. Entrada gratuita e aberta a todos os públicos.
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebrado mundialmente no dia 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas marca o mês do Agosto Indígena, dedicado a homenagear e reconhecer as tradições dos povos originários. Com um conjunto de iniciativas que incluem festival, documentários, formações, exposições e trocas de experiências, o Instituto Cultural Vale busca atuar pelo fortalecimento e preservação das culturas indígenas em diversas regiões do país.
Festival “Indígenas.BR” leva música e filmes ao Maranhão
No Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís, o Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado com a abertura da 5ª edição do Indígenas.BR, festival de músicas que traz cantos, histórias, ancestralidades e diferentes tradições sonoras e perspectivas estéticas indígenas, com curadoria de Djuena Tikuna e Magda Pucci.
De 9 a 12 de agosto, apresentações, oficinas, documentários inéditos e encontros entre lideranças de diferentes povos e entre artistas da cena musical contemporânea indígena vão movimentar o Centro Cultural. Programação completa aqui.
O festival marca também a estreia para o grande público de filmes produzidos no projeto Vidas Indígenas Maranhão, realizado pelo Museu da Pessoa com patrocínio do Instituto Cultural Vale: no projeto, jovens dos povos Ka’apor, Awa-Guajá e Guajajara receberam formação em produção audiovisual e metodologias de preservação de memória. Assim, eles se tornaram “Guardiões da Memória” de histórias de vida de suas aldeias – e como um dos legados do projeto, os equipamentos de filmagem e computadores são doados para as comunidades. Na abertura do Festival Indígenas.BR no CCVM, os Guardiões da Memória vão oferecer oficina gratuita aberta ao público, sobre preservação de memórias e contação de histórias.

Cacique Iracadju Ka’apor, retratado em “Vidas Indígenas: Maranhão”
Já no dia 26 de setembro, como extensão da programação, o CCVM abre ao público a exposição “Maranhão: Terra Indígena”, panorâmica que apresentará os povos indígenas do estado por meio da sua produção de artefatos e artes ancestrais, com uma imersão do público em seus modos de vida por meio de objetos, mapas, fotos e vídeos-depoimentos – e incluindo as memórias preservadas pelo projeto “Vidas Indígenas: Maranhão”.
Em Minas Gerais, exposição reúne literatura indígena
E em Belo Horizonte, o Memorial Minas Gerais Vale abre no próximo dia 31 de agosto a exposição “Araetá: a literatura dos povos originários”, que apresenta a produção literária contemporânea de 90 escritores indígenas de 42 diferentes povos, englobando etnias da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal, em mais de 250 títulos.
Em meio a imagens, informações sobre os povos indígenas e ambientações que remetem aos biomas, o público terá acesso a bibliotecas com livros de autores como Davi Kopenawa, Daniel Munduruku e Ailton Krenak, entre outros. A mostra também destaca a tradição oral dos povos originários.
Bienal das Amazônias, em Belém, destaca artistas indígenas
Aberta ao público em 3/8 e em cartaz até 5/11, a Bienal das Amazônias valoriza a produção contemporânea de todos os países que compõem a Amazônia – muitos deles indígenas. Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, a Bienal reúne produções de 121 artistas, em um espaço de quatro andares no centro da cidade readaptado especialmente para a Bienal, e se inspira na relação estética e cultural entre as águas e os corpos que habitam o território amazônico.

Foto de Evna Moura, uma das artistas da Bienal das Amazônias