O Instituto Cultural Vale celebra o Agosto Indígena com uma programação diversa que busca valorizar e preservar a cultura dos povos originários do Brasil, em espaços culturais que integram o Instituto e em espaços patrocinados. Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebrado mundialmente no dia 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas marca o mês dedicado a homenagear e reconhecer as tradições.

Maranhão

Em São Luís, de 20 a 23 de agosto, o Centro Cultural Vale Maranhão promove a 7ª edição do Indígenas.BR – Festival de Músicas Indígenas, que celebra a diversidade cultural dos povos indígenas do Brasil, com foco em música, artes visuais, moda e documentários. O evento reúne apresentações musicais de povos como Gavião-Kyikatêjê, Akari Waurá e Guajajara; sessões de filmes e rodas de conversa, valorizando a sabedoria ancestral, a preservação das tradições e a arte contemporânea produzida por indígenas. A programação completa está em https://ccv-ma.org.br/

Já em Imperatriz, o Centro Cultural Tatajuba realiza a Mostra de Cinema Indígena do Maranhão – Olhares de Resistência e Criação, no dia 20, às 19h.  Com o objetivo de valorizar e difundir produções audiovisuais criadas por realizadores indígenas ou com forte participação das comunidades indígenas em suas etapas criativas, a Mostra contará com exibição de filmes curta-metragens seguida de bate-papo.

Pará

No Pará, a Casa da Cultura de Canaã dos Carajás recebe, nos dias 20 e 21 de agosto, a Associação Indígena Pykôre para uma programação gratuita com exibição de filme e apresentações culturais que celebram a ancestralidade, o território e a resistência do povo Mẽbêngôkre-Kayapó. A Associação Pykôre representa cinco aldeias das Terras Indígenas Kayapó e Menkragnoti, localizadas no coração da Floresta Amazônica. 

Dia 20, às 14h, será exibido o documentário “Kukràdjà”,  que mostra, pelo olhar dos próprios Kayapó, os rituais, cantos e festividades que fortalecem sua cultura e a identidade do povo Mẽbêngôkre. O documentário foi filmado por cinegrafistas indígenas em três aldeias. E no dia 21, também às 14h, a força da cultura Kayapó ganha vida em uma apresentação especial de danças tradicionais. 

Espírito Santo

No Espírito Santo, o Museu Vale promove uma série de atividades especiais para o Agosto Indígena, em sua atuação extramuros. A programação se inicia com a imersão Nhãdeva Ekuéty (Quem somos nós) em escolas (de 5 a 7 de agosto), mesclando contação de histórias, roda de conversa, cantos, danças e arte indígena.

Já no dia 21 de agosto, o Museu vai ao Território Indígena na cidade de Aracruz, com uma apresentação especial do espetáculo A Charanga dos Proscritos para famílias Tupinikin. E no dia 23, das 9h às 12h, o Museu participa da programação gratuita e aberta ao público do Parque Botânico Vale, no Projeto Parque Sustentável. A agenda inclui Feira de Arte Indígena; palestra com o Cacique Marcelo, da aldeia Guarani Ka’agwy Porã (Nova Esperança), com apresentação do Coral Guarani; e apresentação do Grupo de Dança Curumins Guerreiros. Veja mais em https://museuvale.org/pt/

Minas Gerais

Em sua atuação itinerante, o Memorial Minas Gerais Vale traz o Agosto das Deusas, que celebra o protagonismo de mulheres negras, indígenas e periféricas na cultura Hip Hop. Com foco na dança e diálogo com outros elementos, a ação promove debates sobre violências de gênero e impulsiona vozes femininas. O evento faz parte do projeto Memorial Vale Itinerante, e será realizado nos dias 7, 14 e 17 na Avenida dos Andradas nº 302, Centro; e no dia 30, na Praça Rui Barbosa nº 600, Centro, Belo Horizonte.

E o Inhotim também promove programação especial, como parte do Programa Público Maxita Yano, dedicado a artistas indígenas, na Galeria Claudia Andujar-Maxita Yano. Todas as atividades integram o trabalho da artista Renata Tupinambá, que culminará em um passeio sonoro no Inhotim, a partir das gravações das atividades realizadas ao longo do ano.

A agenda começa dia 16 de agosto, às 10h30, com o povo Xukuru Kariri, da aldeia Arapowã Kakyá ua, região de Brumadinho, que apresenta um Toré, manifestação cultural e espiritual indígena, seguida de conversa com o público. Às 14h, a artista Uakyrê Braz Pataxó (Aldeia Cinta Vermelha Jundiba) desenvolve uma oficina artística para crianças e adultos, pensando as conexões interfaces entre o Vale do Jequitinhonha, seu território de origem, e Brumadinho. Já no dia 17, às 11h, o encontro Roda de Mulheres reúne as lideranças indígenas Katorã Kamakã (Território Indígena Kamakã Mongoió) e Cleonice Pankararu (Aldeia Cinta Vermelha Jundiba). E às 15h30, o multiartista Nelson D traz ao Inhotim o Futurismo Indígena, em uma apresentação musical na Galeria.