Iniciativas como a parceria com Inhotim, exposição “Maranhão: Terra Indígena”, Bienal das Amazônias e programas educativos são alguns dos destaques do ano  

O ano de 2023 foi repleto de realizações no Instituto Cultural Vale, ao lado de parceiros públicos e privados e de fazedores de cultura de todo o Brasil. Dos projetos que todo mundo conhece aos que todo mundo precisa conhecer, são iniciativas que fortalecem o desenvolvimento socioeconômico, a cultura local e a diversidade de manifestações artísticas do país.  

Com programação gratuita, diversa e educativa, os quatro espaços que integram o Instituto Cultural Vale – Memorial Minas Gerais Vale, Museu Vale, Centro Cultural Vale Maranhão e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás receberam mais de  414 mil visitas ao longo de 2023, com média de 6 mil estudantes e professores por mês, a maioria de escolas públicas. Foram mais de 27 exposições e mais de 440 eventos culturais ao longo do ano.  

Realizamos também o Vale Música, com quase 1.000 estudantes matriculados em quatro estados, que aprendem junto e se apresentam com as principais orquestras brasileiras. E cerca de 500 estudantes matriculados nas aulas de música, dança e teatro na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, aonde vão depois da escola.  

Apoiando instituições emblemáticas da nossa Cultura, o Instituto firmou parceria inovadora e de longo prazo com Inhotim, maior museu a céu aberto de país e um dos mais importantes do mundo, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento socioeconômico e do setor de turismo da região de Brumadinho; ampliar o acesso ao museu para diferentes públicos; e fortalecer a atuação dos programas educativos e com a comunidade. E a itinerância do acervo da Cinemateca Brasileira, que exibiu clássicos do cinema nacional em 12 cidades brasileiras, além da 35ª edição da Bienal de São Paulo, com novos olhares e narrativas que refletem questões raciais, de gênero, econômicas, geográficas e de visões de mundo. 


Pautas antirracistas e de valorização indígena 

Valorizar, preservar e dar visibilidade às culturas indígenas também é um dos eixos de atuação, este ano com iniciativas como a exposição “Maranhão: Terra Indígena“, construída de forma colaborativa com 17 povos originários do estado, no Centro Cultural Vale Maranhão; “Vidas Indígenas Maranhão”, em parceria com o Museu da Pessoa, que registrou a memória dos povos Guajajara, Ka’apor e Awá-Guajá em documentários; e o projeto Cultura na Praça, que levou formação audiovisual para comunidades quilombolas e indígenas de municípios no PA e MA este ano.  

E em abril encerrou-se a primeira exposição dedicada às línguas indígenas do Museu da Língua Portuguesa: “Nhe’e Porã, memória e transformação”, em parceria com artistas indígenas, teve mais de 179 mil visitantes e em 2024 chegará ao Pará, Maranhão, Rio de Janeiro e à sede da Unesco em Paris. 

Ao longo do ano, o Instituto atuou e apoiou iniciativas que fortalecem práticas antirracistas, garantem visibilidade às diversas identidades e trabalham pela equidade de gênero. Como a atuação do MAR – Museu de Arte do Rio, do qual o Instituto é mantenedor, em exposições como “Funk: Um grito de ousadia e liberdade”, que dobrou a média mensal de visitantes do museu desde sua estreia, em setembro, e fica em cartaz até agosto de 2024, e parcerias como a da Universidade das Quebradas/ UFRJ no fomento à arte preta e que, este ano, se dedicou à produção artística do Nordeste negro e indígena, com a formação de estudantes e artistas de áreas consideradas periféricas. E a inauguração do Memorial da Diáspora Africana no Maranhão, recuperando e ressignificando patrimônio histórico com intervenções de artistas negros contemporâneos. 

Amazônia em destaque   

Um dos principais movimentos é o de integrar o eixo Sul-Sudeste da produção cultural com o Norte-Nordeste, e fortalecer a presença na Amazônia – a presença do Instituto no Norte cresceu mais de quatro vezes nos últimos 3 anos, em volume de projetos e de investimentos.  

São quase 100 iniciativas só na região Amazônica. Como parte da estratégia de circulação, levamos para o Pará e Maranhão grandes exposições como “Brasil Futuro: as formas da Democracia”, “Tomie Ohtake Dançante”, “Brecheret Modernista”, entre outras, sempre enriquecidas com o diálogo com artistas locais; e atividades de formação, como oficinas de dança da companhia Deborah Colker com inclusão de dançarinos com deficiência. 

E a primeira edição da Bienal das Amazônias, com obras de 121 artistas de todos os países amazônicos, foi um dos grandes sucessos do cenário cultural de Belém: foram mais de 28 mil visitantes. 


Também ocuparam o espaço urbano com arte iniciativas como a inauguração do Museu de Arte Urbana de Belém (MAUB); a edição de 10 anos do Festival Amazônia Mapping; e a sexta edição do Arte em Cores. Já o Mercado das Indústrias Criativas MicBr, parceria com o MinC e patrocínio Vale e ICV, reuniu em Belém agentes culturais do Brasil todo: a previsão é que US$ 20 milhões sejam gerados em negócios, no próximo ano, a partir deste encontro.  

Em um esforço inédito para garantir a descentralização de recursos de incentivo a projetos culturais, o Programa Rouanet nas Favelas – parceria do Instituto Cultural Vale, Ministério da Cultura (MinC) e Central Única das Favelas (CUFA) – vai investir R$5 milhões em projetos em favelas e comunidades da periferia do Pará, Maranhão, Ceará, Bahia e Goiás, via Lei Roaunet. 

Festivais literários, de música, dança, teatro e cinema enriqueceram o calendário de 2023: Festa Literária Internacional de Paraty – Flip; Flitabira, Feira Literária das Periferias – Flup; o Festival de Cinema de Vitória, Festival Dança em Trânsito; a 18ª edição do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto; a 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, o festival MIMO (Itabira); o Festival de Inverno de Ouro Preto foram alguns desses eventos, que incluíam programação gratuita e democratizam o acesso à arte para diferentes públicos. 

E ainda se somam as festividades tradicionais, como o Círio de Nazaré, que há 21 anos conta com patrocínio Vale; e a Festa da Penha (ES). 

A preservação do patrimônio histórico também é um dos eixos estruturantes da atuação do Instituto, que este ano celebrou a recuperação da Igreja de São Francisco e inauguração do Museu de Mariana (MG); a reforma do Teatro Atiaia em Governador Valadares (MG); e o anúncio da parceria para restauração do convento dos Mercedários e do Cine Olympia, em Belém, entre outras iniciativas. 

E para 2024, são mais de R$ 221,7 milhões de investimento em 175 projetos culturais, que chegarão a 25 unidades da federação (24 estados e Distrito Federal), via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Deste total, 45 projetos que passam pelas cinco regiões do Brasil foram selecionados pela Chamada Instituto Cultural Vale 2023, com patrocínio de R$ 30 milhões. 

Onde tem cultura, a Vale está.